A maternidade como uma oportunidade de realinhamento profissional
Há coisa e coisas. Coisas que não sabemos explicar, mas que passam no nosso caminho com o sentido de nos deixar uma mensagem.
Digo isto, e para que vocês consigam perceber o que estou a falar, vou vos contar a minha situação presente.
Neste momento a minha bebé tem 12 meses, e sou imensamente grata por poder ser eu a tomar conta dela todo este tempo. Graças a Deus a minha vida assim trilhou para que eu própria pudesse cuidar 24 horas, sobre 24 horas, sem ter que levá-la para o infantário.
Quando ainda era gestante, eu tinha tudo muito definido na minha cabeça. Por minha concordância e do Papá, tinhamos, proposto colocar a bebé, mais ou menos aos 8 meses, no infantário. Pensávamos na parte cognitiva da bebé, no beneficio que podia ser para ela e para o seu desenvolvimento, não sabiamos é que depois dela nascer, e com o passar do tempo o coração de Mamã, fica menos prodisposto a partilhá-la com o desconhecido. Acho que nos tornamos um pouco egoistas e egocêntricas, pensamos no bebé sim, mas pensamos na dor que nos causa ver os nossos rebentinhos nas mãos dos outros que mal conhecemos. Será que fica bem? Será que sofre pela minha ausência? Será, será, será.....? E assim continuamos.
Como já mencionei, eu sou grata por ter oportunidade de ser eu a cuidar da minha filha a tempo inteiro, outros nem sequer têm essa opção, simplesmente têm que colocar nos infantários, ou contratar alguém para cuidar dos seus filhos, porque têm que trabalhar fora de casa.
Eu continuo com a mesma oportunidade de poder continuar a ser EU, a cuidar da nossa bebé, mas a verdade é que também trabalho, apartir de casa. Também sou, no melhor que posso, dona de casa. Também sou, o melhor que até agora consigo, e que a maternidade deu-me oportunidade de ser, blogguer. E sobretudo, sou Mamã.
Sou tanto numa só pessoa, que por vezes sinto que cheguei ao fim do dia, e perdi-me no meio de tanta "profissão", principalmente na mais gratificante de ser Mamã.
E as horas passam, e o dia passou, e qualquer coisa ficou por fazer. E eu, reclamo em voz alta, mas comigo mesmo, porque deixei tarefas para trás.
A verdade, é que não somos super heroinas, ou somos. hehehe
Exigimos muito de nós. Por vezes não deviamos.
Voltando ás nossas ideias bem definidas, passou os 8, 9, 10 e por ai fora, meses, e não consigo ceder, render-me ao melhor momento para colocar a nossa bebé no infantário.
O Papá diz à Mamã: "Também precisas tempo para trabalhar....também precisas tempo para fazer as tuas coisas."
Eu sei que é verdade, mas dói, dói aqui dentro. Porque o tempo passa a voar, e eu não quero perder nada, que seja importante do melhor de mim, a minha Borboleta.
Eis que recebo um e-mail, e porventura, clico no seguimento de videos no Youtube, onde deparo-me com este video, que aqui vos deixo, tão direcionado à minha vida neste momento. Aos medos de quando descobrimos que estamos grávidas, ao medo do futuro, ao medo de avançar, ao medo de lutar pelos os sonhos, a tudo.
E ainda hoje, quando estava a olhar para ela, eu senti a gratidão de cuidar todos os dias dela, de fazer parte da minha vida todos os minutos, até mesmo quando estou a trabalhar.
Eu tenho o projeto nas minhas mãos, eu tenho os meus sonhos comigo, e eu sou MÃE acima de tudo, mesmo quando partilho a minha filha, com alguém que sabe cuidar dela com respeito e dedicação.
Porque hoje, que sou Mamã, tudo o que faço é em prol do melhor para ela. Para uma vida melhor, um futuro melhor, para nós FAMÍLIA.
Aqui vos deixo um video inspirador.
A maternidade como uma oportunidade de realinhamento profissional
Beijinhos muito grandes da "Mamã Zen, Mamã com estilo..." .