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O blogue que retrata da vida de uma mulher após maternidade. Entre biberões e batons, um mundo cheio de descobertas ao estilo Zen.

Não podemos deixar de fazer o que gostamos.

Numa conversa mais ao estilo "Zen"...

 

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Quantas são as vezes que por termos o tempo ocupado com os outros, deixamos de fazer o que nos faz bem e gostamos??

 

Já me tinha apercebido que descuidei os meus gostos para dar lugar e importância aos gostos dos outros, mas tanto como tenho vindo a sentir há um par de semanas em diante...ui (principalmente por ter existido momentos menos bons, que poucos foram aqueles que deram lugar ás suas coisas para dar importância ao que estava a acontecer comigo/ connosco).

 

Toda a minha vida, (ou seja, nem sequer me lembro de quando começou a minha perdição), sempre adorei, fascinei, apaixonei-me pela música.

Em criança passava HORAS a ouvir repetidamente, e a dançar, a cantarolar a música. (Acho que até poupei trabalho e preocupação à minha mãe, pelas traquinices que não fiz, á pala de levar horas e horas a fio com o walkman, ou aparelhagem do meu irmão, a ouvir a bendita da musica (sim porque no meu tempo, não havia MP3, Youtubes...))

 

Cresci, com a música sempre no meu coração, mas não sei sequer o porque de ter esquecido esta paixão a meio caminho.

 

Foi tanto tempo, como talvez 5 anos…sem PESQUISAR, PROCURAR, APAIXONAR, SONHAR, com aquilo que tão bem me fazia à alma: a música.

Ouvia o que passava pela rádio, ouvia os meus Cd’s do tempo da Maria Carocha (porque até isso eu deixei de comprar) e assim passei esta fase sem “ritmo”.

 

Agora que a minha filha tem dois anos, e já fala qualquer coisinha, percebi que a miúda é igual ou pior que eu, na minha infância…

 

Ela RESPIRA MÚSICA, Ela é MÚSICA…

 

Passa o dia a cantarolar e a dançar…está em casa, se ouve musica na TV, pára tudo, para dançar. Puxa a família inteira pela mão e toca -lá a dançar (quer gostes ou não. Com esta miúda não há cá vergonhas…)

Vai no carro, o rádio TEM QUE ESTAR LIGADO, e ela? A cantar…

 

Enfim, viciada na música. A música é como o seu brinquedo preferido, a faz feliz.

 

Foi aí que parei e comecei a aperceber-me que já fui como ela, e como é possível que esqueci disso?

 

Até consegui esquecer a felicidade que me era oferecida gratuitamente.

 

Então parei e comecei a olhar para mim…a fazer despertar o que estava adormecido, o que tinha esquecido e que fazia parte de mim. Retomei a procurar, pesquisar, a colocar música na minha vida…

 

Fiz o favor de devolver-me a mim mesma.

 

E que bela devolução. Pois, parte do meu stress foge ao som da música, passei a sonhar, sentir, vivenciar a minha vida como quando era criança.

 

Têm noção do poder da música em nós? E da questão de fazer aquilo que gostamos? Por nós próprios?

 

Não podemos deixar de fazer o que gostamos. Por nós. Por o nosso bem-estar.

E quando falo em fazer, não me refiro somente à musica. Este foi o meu exemplo, um gosto meu…certamente vocês terão os vossos…

 

Realmente a música é mágica. E a minha filha uma Fada, na minha vida. Gratidão a vós e ao Universo por cuidarem de mim.

 

Obrigada, Obrigada, Obrigada.